Vamos falar devagar: Conorhynchos conirostris! Esse é o nome científico do pirá-tamanduá, um peixe endêmico da bacia do rio São Francisco, isto é, um peixe que só vive nesse rio e nos rios que desaguam nele. Por não ser encontrado em nenhum outro lugar do mundo, o pirá-tamanduá se tornou o símbolo do rio São Francisco.
O pirá-tamanduá vive em águas profundas e com forte correnteza, onde é difícil enxergá-lo. É também um peixe que recebe muita atenção dos cientistas porque tem características bem diferentes de outros animais de seu grupo – especialmente o focinho, que lembra o do tamanduá. Há também quem ache a sua cabeça parecida com uma… corneta, apelido que pegou.
Na ponta do focinho do pirá-tamanduá está localizada a boca, que é pequena e voltada para baixo. Ao lado da boca ficam os barbilhões, algo parecido com um bigode, que ajudam o peixe a encontrar o alimento. Os barbilhões funcionam como a nossa a língua e os nossos dedos, permitindo ao pirá-tamanduá localizar, sentir o gosto e a textura dos alimentos. É com a ajuda desses “bigodes” que ele vasculha o fundo do rio para encontrar as suas refeições, compostas principalmente de pequenos invertebrados (insetos e moluscos) que ficam enterrados.
Além de ter um focinho que lembra os tamanduás, ou as cornetas, e “bigodes” localizadores de comida, há outras curiosidades sobre o pirá-tamanduá! Sua coloração é muito bonita, num tom azul metálico nada comum em outros peixes de água doce. Ele também tem espinhos nas nadadeiras peitorais e na nadadeira dorsal. Esses espinhos são pontiagudos e, quando esticados, podem causar perfurações. Por isso são estruturas muito eficientes para afastar predadores.
E tem mais! O pirá-tamanduá simplesmente desaparece durante o período de seca, quando o rio está com a água bem clara. Esse sumiço tem intrigado os pesquisadores, que buscam descobrir para onde vai ou onde se esconde o peixe nesse período.
Podendo atingir até um metro de comprimento e 13 quilos de peso, o pirá-tamanduá já foi um peixe muito importante para a pesca em toda a bacia do rio São Francisco. Porém, nas últimas décadas, ele tem sofrido bastante com os impactos à natureza – principalmente com construção de barragens, poluição, pesca excessiva e ocupação irregular das margens do rio. Por essas razões, o pirá-tamanduá atualmente só é encontrado em alguns trechos do rio São Francisco, principalmente nos Estados de Minas Gerais e Bahia, sendo considerada uma espécie ameaçada de extinção.
Estudos mostram que a construção de barragens é a principal ameaça ao pirá-tamanduá, porque essas estruturas artificiais alteram as características do ambiente e o fluxo de água. Por exemplo: um trecho de rio natural, que apresentava correnteza, após a barragem passa a ser um ambiente de água parada e muito profundo, um imenso lago. Além disso, a barragem erguida no meio do rio impede que os peixes façam a piracema, um fenômeno que é aguardado durante todo o ano.
Na época das chuvas, peixes migradores – como o pirá-tamanduá, o surubim, o dourado e o curimatá – sobem o rio para desovar. Os peixes se alimentam bastante e acumulam energia à espera pelo início das chuvas e a subida do nível do rio. Então, eles nadam vários quilômetros rio acima, até encontrarem áreas apropriadas para a reprodução – é a piracema!
Mas para a piracema acontecer, o rio não pode ter obstáculos. A construção de barragens bloqueia o rio e impede a passagem dos peixes para as regiões mais altas, interferindo diretamente na reprodução.
Assim como o pirá-tamanduá, outras espécies de peixe da bacia do São Francisco precisam que trechos do rio apresentem condições adequadas para se reproduzirem naturalmente e continuar ocorrendo naquela região.
Para evitar que o pirá-tamanduá desapareça do São Francisco, pesquisadores estimulam sua reprodução em cativeiro e soltam seus filhotes no rio para repovoá-lo. Essa é uma medida que também tem sido utilizada com outros peixes ameaçados, para impedir a extinção.
Mas não basta apenas soltar os peixinhos, é fundamental pensar na recuperação dos rios impactados. Não adianta obter sucesso na reprodução artificial do peixe se o ambiente em que eles serão soltos está degradado. O Velho Chico e seus afluentes precisam ser recuperados para que voltem a ter condições de ser o lar do pirá-tamanduá e de outros animais que dependem de suas águas.
Marcelo Fulgêncio Guedes Brito
Departamento de Biologia
Universidade Federal de Sergipe
Jean Carlos Miranda
Departamento de Ciências Exatas, Biológicas e da Terra
Universidade Federal Fluminense
Matéria publicada em 01.06.2022
Erica Caramaschi
Excelente artigo!! É gratificante ver oportunidades informações científicas relevantes podem ser levadas às crianças de maneira absolutamente encantadora!! Parabéns aos autores!!
Publicado em 1 de junho de 2022
Maria do Carmo Chaves dos Santos de Freitas
Parabéns pela excelente pesquisa!
Publicado em 1 de junho de 2022
Bruno Melo
Excelente conteúdo! Iniciativas como essa levam conhecimento científico de alta qualidade para o público e servem de inspiração para demais interessados em divulgação científica. Parabéns pra vocês!
Publicado em 2 de junho de 2022
Alexandre Clistenes
Excelente iniciativa, para ajudar na preservação da espécie, usando linguagem de fácil acesso para a população em geral.
Publicado em 2 de junho de 2022
Ricardo Jucá Chagas
Parabéns pela excelente matéria de divulgação. Aproximando a ciência da comunidade. O pirá-tamanduá agradece!
Publicado em 2 de junho de 2022
Francisco Simões Caxito
Muito importante esse trabalho, não só para a preservação da espécie, como também e principalmente para o povoamento piscoso do Velho Chico.
Publicado em 2 de junho de 2022
Breno perillo
Muito bacana o artigo! Gostoso de ler e com informações extremamente importantes e de fácil entendimento! Parabéns!
Publicado em 3 de junho de 2022
Heriberto Gimênes Junior
Parabéns a todos os envolvidos! Excelente iniciativa.
Publicado em 3 de junho de 2022
alexia
otima pesquisa. parabéns
Publicado em 3 de junho de 2022
Lucca Barros Sugimoto Bando
Tubarões nadadores da CHC eu acho legal vocês fazerem fazerem uma revista sobre os tubarões eu acho muito interessante sobre os dinossauros e animais aquáticos essa ea minha sugestão então tchau pessoal da CHC
Publicado em 3 de junho de 2022
Bárbara
Amei
Publicado em 4 de junho de 2022
Valdir aparecido carvalho
Parabéns pela matéria levando o conhecimento aos leitores a riqueza que é nosso amado Brasil .e todos se mobilizarem, que nós podemos contribuir com pequenas ações de educação ambiental !!!
Forte abraço à CHC.
Publicado em 4 de junho de 2022
Kauan dos santos molina
eu adorei a noticia de vocês e acho muito interessante vocês fazerem varias revistas sobre ciências para as crianças eu acho muito legal o trabalho de vocês um abraço.
Publicado em 6 de junho de 2022
kauan dos santos molina
eu adorei a noticia de vocês e acho muito interessante vocês fazerem varias revistas sobre ciências para as crianças eu acho muito legal o trabalho de vocês um abraço de kauã dos santos molina vocês são incriveis
Publicado em 6 de junho de 2022
samuel
adorei esse comentario
Publicado em 6 de junho de 2022
José Antonio dos Santos
Muito interessante esta pesquisa sobre este peixe que só existe no Velho Chico, até para questão de estudos à respeito do mesmo e, bom também para chamar a atenção às autoridades competentes para que esta não venha ser mais uma espécie em extinção, parabéns a vcs pesquisadores, um abraço no coração.
Publicado em 6 de junho de 2022
Josival O. Matos
Já pensou se a energia solar vier um dia substituir a produzida nas usinas hidreletricas? Nesse caso poderiamos deixar de ter barragens nos rios?
Publicado em 7 de junho de 2022
Régis Santos
Parabéns aos autores por essa excelente ação de disseminação do conhecimento!
Publicado em 8 de junho de 2022
Samuel
Adorei essa notícia é nunca mais vou esquecer do peixe beijo tchau.
?????❤?
Publicado em 9 de junho de 2022
Linda
Lindo
Publicado em 14 de junho de 2022
Heitor
Legal??!!!
Publicado em 14 de junho de 2022
Heitor
Eu achei legal a notícia beijo tchau????
Publicado em 14 de junho de 2022
ngfdgbherfdnbghr4re
o ma gad
Publicado em 15 de junho de 2022
Malu Rennes
Muito legal e muito interessante saber q existem pessoas que se importam com espécies assim, que nque muita gebte sabe sobre.
Várias informações importantíssimas e com uma clareza….achei incrível!Fiquei encantada!
Queria ter a oportunidade de conhecer essa espécie.
Publicado em 15 de junho de 2022
Malu Rennes
Muito legal e muito interessante saber q existem pessoas que se importam com espécies assim, que nque muita gebte sabe sobre.
Várias informações importantíssimas e com uma clareza….achei incrível!Fiquei encantada!
Queria ter a oportunidade de conhecer essa espécie. Por mais artigos assim!
Publicado em 15 de junho de 2022
Alice Lorens
Adorei o artigo, eu não sabia da existência desse peixe (estranho, mas interessante). Achei o nome criativo e engraçado haha. Esse peixe parece até um desenho de tão diferente que é. Infelizmente, ele está em extinção, e é triste pensar em que esses animais diferentes são tão ignorados. Contudo, eu amei o artigo :)))
Publicado em 15 de junho de 2022
Rebeka Alves
O peixe é lindo, parece um tubarão + uma foca. Adorei a cor dele.
Muito triste que esteja em extinção. O que se pode fazer para protege-los?Tomara que ele consigam viver e procriar sem humanos lhes atrapalhando.
Obrigada pelo artigo!????
Publicado em 15 de junho de 2022
Enzo Rex
Artigo muito interessante, gostei bastante e achei mt legal essa informação. Achei diferente o aspecto azul que ele tem… nunca vi um parecido. Ele para um peixe é bem grande. A parte que fala “E tem mais! O pirá-tamanduá simplesmente desaparece durante o período de seca, quando o rio está com a água bem clara. Esse sumiço tem intrigado os pesquisadores, que buscam descobrir para onde vai ou onde se esconde o peixe nesse período.” é legal porque mostra o quão inteligente o peixe é. Seria legal fazerem um artigo sobre o megalodon.
Publicado em 15 de junho de 2022
Maria Fernanda Assakawa e Souza
Eu não sabia que existia tanto peixé no Rio Francisco
Publicado em 20 de junho de 2022
Kauan Dias dos Santos
Achei muito interessante a história do peixe
pira-tamandua.
Publicado em 20 de junho de 2022
Heloísa
Oi chc eu me chamo heloisa eu adorei o artigo
Eu que não gosto de ler muita coisa li tudo
bij chc
Publicado em 20 de junho de 2022
Pietro Moreira
Olá Ciência Hoje das Crianças, tudo bem?
Eu gostei da reportagem muito interessante. Mas eu achei muito triste porque esse peixe é interessante mas as pessoas poluem o meio ambiente e está ficando em extinção.Beijo tchau.
Pietro
Publicado em 23 de junho de 2022
Cimara Correia Lima
é um texto que nos oportuniza
a realizar link com outras disciplinas…
Publicado em 26 de junho de 2022
Alex
O MISTERIOSO PEIXE DO SÃO FRANCISCO
Publicado em 27 de junho de 2022
Kauan Silles Barreto
Olá, revista CHC!
Meu nome é Kauan, tenho 12 anos e estudo no SESI 412, em Santos.
Gostei muito do artigo O misterioso peixe do São Francisco, publicada em 01/06/22, que fala sobre o peixe pirá-tamanduá.
Achei interessante muita coisa nesse peixe, como por exemplo os ‘’bigodes’’ que ele tem que servem para encontrar alimento. Sua cor, azul metálico, é bem diferente dos demais animais marinhos.
Fico triste sabendo de sua situação, pois é uma espécie que infelizmente está extinção e lutando pela sobrevivência.
Um abraço a todos,
Publicado em 30 de junho de 2022
eumanuel
oloco texxtão
Publicado em 30 de junho de 2022
jubileu
eita kauan
Publicado em 30 de junho de 2022
euromanelo
sei la oq comentar
Publicado em 30 de junho de 2022
eufelipe
legal dns euromanelo
Publicado em 30 de junho de 2022
eufelipe
legal mas quem liga
Publicado em 30 de junho de 2022
eusouza
oloco
Publicado em 30 de junho de 2022
eusouza
legal mas quem liga
Publicado em 30 de junho de 2022
eufelipe
oloco
Publicado em 30 de junho de 2022
eufelipe
jubileu tá on?
Publicado em 30 de junho de 2022
eumanuel
kauan tbm ta on?
Publicado em 30 de junho de 2022
eufelipe
ei vc
Publicado em 30 de junho de 2022