
Pedro Augusto na infância (fotos: Wikipedia).
Ele era o neto preferido de D. Pedro II e forte candidato ao trono brasileiro. Até que certos acontecimentos destruíram o seu sonho de ser imperador do Brasil, como a proclamação da República, realizada em 15 de novembro de 1889. Desde então, esquecido, esse personagem da História pouco aparece nos livros sobre a família imperial. Para quem ainda não o conhece, porém, apresentamos Pedro de Alcântara Augusto Luís Maria Rafael Gonzaga de Saxe-Coburgo e Bragança: o – ufa! – “quase” terceiro imperador do Brasil.
Nascido no Rio de Janeiro, em 1866, Pedro Augusto era o primeiro filho da princesa Leopoldina, a filha mais nova de D. Pedro II. O imperador tinha muita afeição por esse neto, o mais parecido fisicamente com ele, e depositava enorme esperança de que o menino o substituísse no futuro. Para tanto, orientava-o e verificava pessoalmente sua educação. “D. Pedro II, até o fim da vida, amparou o neto que adorava. Ele era um rapaz belíssimo, adorado pelo povo do Rio de Janeiro, que fazia fila à porta de sua casa para vê-lo entrar e sair a cavalo”, diz a historiadora Mary Del Priori, autora do livro O Príncipe Maldito, da Editora Objetiva, que conta a história de Pedro Augusto e do Brasil da época.
Nascimento inesperado
O neto predileto do imperador cresceu cercado de carinho e expectativas. Afinal, somente se a filha mais velha de D. Pedro II, Isabel, sua tia, tivesse um menino, Pedro Augusto teria a coroa ameaçada. Isso porque, pela ordem de sucessão, o filho de Isabel é quem deveria ser o terceiro imperador do Brasil. A princesa, porém, ainda não tinha um herdeiro, mesmo estando casada há dez anos com o Conde D’Eu.

O imperador D. Pedro II em 1876. Pedro Augusto era o seu neto favorito.
A história, porém, mudou com o anúncio da gravidez de Isabel. Depois de muito tempo casada, ela teve, finalmente, um filho, que representava uma grande ameaça aos sonhos de Pedro Augusto. Mesmo à sombra do primo, porém, o neto predileto de D. Pedro II cresceu com fortes expectativas de, no futuro, governar o Brasil. Tanto é que foi educado nos melhores colégios e se formou em engenharia.
Já adulto, Pedro Augusto começou a se envolver com assuntos políticos, mantendo a esperança de herdar o trono. Ele era inteligente e admirado por todos. Mas o Brasil passava por grandes mudanças. O país estava dividido. Fatos como a abolição da escravidão e a idéia de que o Brasil não devia mais ser comandado por um imperador – e sim por representantes eleitos pelo povo, transformando-se numa República – ameaçavam e aumentavam a pressão sobre a família imperial.
Doente e esquecido
Em 1889, de fato, a República acabou sendo instaurada no Brasil, apesar de muitos conflitos. Com isso, a família imperial teve que partir para a Europa. Junto com ela, seguiu Pedro Augusto, o “quase” terceiro imperador do Brasil. Em meio a tantos acontecimentos, ele adoeceu e enlouqueceu. De volta à Áustria, após longos tratamentos na Europa, foi internado em um manicômio, onde morreu, em 1934, aos 68 anos, longe do sonho de um dia ser o terceiro imperador do Brasil.

Nesta foto da família imperial, tirada em 1888, Pedro Augusto, já adulto, aparece à direita de seu avô, D. Pedro II. No ano seguinte, seria proclamada a República no Brasil.
Por que será, porém, que o neto preferido de D. Pedro II quase não é mencionado quando o assunto é a época em que o Brasil foi um império? “A história explica a razão: os monarquistas – isto é, as pessoas que defendiam que o Brasil devia continuar a ser uma monarquia, sendo governado por um imperador – nunca quiseram que viessem à tona as tensões dentro da família imperial. Como falar em Pedro Augusto é falar de loucura e traição, no entender de alguns, isso mancharia a idéia de uma família impecável, sem ódios ou outros sentimentos comuns às famílias normais”, conta Mary Del Priori.
De fato, a história de Pedro Augusto é diferente da maioria dos contos de fadas, em que príncipes e princesas vivem felizes para sempre. Mas conhecê-la, ainda mais às vésperas de mais um aniversário da proclamação da República, é algo importante. Afinal, se ele tivesse realizado o seu sonho, certamente você gostaria de saber quem foi o terceiro imperador do Brasil, não é?
Anna Elise
O quase imperador teve filho?O hospital que ele morreu ainda existe?
Publicado em 28 de julho de 2018
Daniel Mendes
Não, nunca teve filhos. Provavelmente, era assexual ou homossexual. Nunca desposou uma princesa.
Publicado em 9 de novembro de 2021
JONATHAN GABRIEL MARTINES INSFRAN
nossa muito bom, comi o cu de quem ta lendo!!
Publicado em 15 de junho de 2020
Gilman Dias
Que comentário ridículo… Vê se cresce lombriguento seboso.
Publicado em 20 de agosto de 2021
Luis Henrique Dias
Um “imperador” esquecido do Brasil como Luís XIX da França que reinou por incríveis 20 minutos ;-;…
Enfim…uma história pouco conhecida,infelizmente ele faleceu,pobre e esquecido como a página o menciona mas a história é mesmo muito interessante??
Publicado em 17 de junho de 2022