A expressão popular “lagartear ao sol” não surgiu por acaso: é verdade que os lagartos passam boa parte do tempo expostos à luz solar para aquecer o corpo. Os biólogos já sabiam disso e caracterizam esses animais como ectotérmicos, isto é, que dependem de uma fonte externa de calor – o Sol – para aquecer o corpo. Mas, num estudo com teiús-gigantes (Salvator merianae), os especialistas tiveram uma surpresa: esses répteis são, sim, capazes de aumentar sua temperatura corporal sozinhos.

Experimento mostrou que os lagartos teiús são capazes de aumentar a temperatura do corpo na temporada reprodutiva. (foto: Glenn Tattersall)
A descoberta foi feita durante um estudo que demorou um ano. Os lagartos foram monitorados durante todo esse tempo, e sua temperatura era mais alta durante o dia – quando tomavam sol – e mais baixa durante a noite, quando se escondiam em suas tocas. Porém, no período reprodutivo, os cientistas notaram que o corpo dos teiús não esfriava tanto de madrugada. “Começamos a nos perguntar se eles estavam conseguindo, de alguma forma, reter o calor, ou se estavam mesmo aumentando ativamente sua temperatura interna”, conta o biólogo Cleo Leite, da Universidade Federal de São Carlos, que participou da pesquisa.
Com essa pulga atrás da orelha, a equipe realizou experimentos para desvendar o mistério. Onze lagartos foram mantidos por algumas semanas em uma câmara térmica fria (a 18ºC). O esperado, nessa situação, seria que a temperatura corporal dos teiús baixasse até se igualar à temperatura ambiente. Não foi o que aconteceu: ficou comprovado que eles são capazes de manter a temperatura corporal às custas da produção interna de calor.

Durante o experimento, o calor produzido e perdido pelo corpo dos lagartos foi monitorado internamente, por implantes, e externamente, com a ajuda de câmeras com sensor de radiação na faixa do infravermelho. (foto: Glenn J. Tattersall)
Os cientistas ainda não sabem explicar exatamente como esses lagartos produzem calor. Mas a atividade parece estar ligada à energia extra que eles gastam no período reprodutivo, em atividades como procurar parceiros, botar ovos e preparar ninhos. Uma das razões para acreditarem nisso é que o aumento da temperatura é ligeiramente maior nas fêmeas, que se dedicam mais a essas atividades.
Esta foi a primeira vez que a ciência observou produção interna de calor em animais ectotérmicos. A descoberta pode dar pistas sobre como essa característica evoluiu em outros grupos animais, como aves e mamíferos. “Isso pode ter relação com o aumento metabólico no período de reprodução e cuidado dos filhotes”, imagina Cleo.
LAURA BARBOSA DE LIMA GALVÃO
ACHEI A REPORTAGEM MUITO BOA, MAS MINHA MÃE TEM MUITO FRIO E ME DISSE QUE QUANDO ESTAVA GRAVIDA DE MIM SUA TEMPERATURA FICOU QUENTE, ELA ACHA QUE FOI DEVIDO AOS HORMÔ.NIOS DA GRAVIDEZ..
Publicado em 25 de julho de 2020
MARIA FERNANDA SALVADOR TEIXEIRA
ACHEI TAMBEM MUITO LEGAL A REPORTAGEM TODAS SÃO LEGAIS TODOS SÃO ENTEREÇANTES E E SÓ ISSO E ADORO OK TCHAU
Publicado em 19 de agosto de 2021
Murilo Oliveira parente
Achei muito bom legal a reportagem sobre o calor produzido muito top
Publicado em 20 de agosto de 2021
Murilo Oliveira parente
Achei muito bom legal a sobre o calor produzido muito top
Publicado em 20 de agosto de 2021
Jarinã Maria Costa
Gostei bastante sobre o calor produzido
Publicado em 25 de agosto de 2021
Ana
Essa atividade é muito legal,me ajudou a fazer a minha lição….obg
Publicado em 12 de setembro de 2021