Vamos dar nome aos bois? Ou melhor, ao peixe-boi! É que o mais novo filhote nascido no Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa) já tem quase dois meses e ainda não ganhou sequer apelido! Para dar um jeito nessa situação, o Inpa resolveu convocar crianças e jovens do Brasil inteiro para uma campanha que vai batizar o dito-cujo.

A mãe do peixe-boi recém-nascido se chama Boo. E o filhote, como se chamará? Dê sua sugestão e participe da campanha! (fotos: Inpa)
Fique ligado: além da chance de ganhar um microcomputador e uma viagem com acompanhante, essa é uma boa oportunidade para contribuir com um projeto bem bacana! Acompanhe atentamente as próximas linhas e, aposto, irá se convencer de cara a participar.
Você provavelmente nunca esbarrou com um peixe-boi por aí, mas tem motivos de sobra para simpatizar com ele. Sabe por quê? Esse animal não faz mal a ninguém! Pacato que só, gosta mesmo é de comer e dormir. Nada mal, né!?
O peixe-boi pode viver até 50 anos, mas, ultimamente, o negócio anda feio para o lado dele. É que essa espécie está em risco de desaparecer de vez da face da Terra! Se isso acontecer, vamos perder um dos mais antigos animais do planeta: o peixe-boi existe há 45 milhões de anos. Dá para ter noção do que é isso? Só para você ter uma idéia, a espécie humana está presente na Terra há menos de 200 mil anos!
Mesmo sendo praticamente recém-chegados no pedaço, são eles próprios, os seres humanos, que estão por trás do risco de extinção do peixe-boi. Como ele é um animal dócil e nada agressivo, fica exposto ao risco de ser capturado por pescadores.
Além de ser, naturalmente, uma presa fácil, o peixe-boi ainda é bastante rentável. Também, imagine só: um indivíduo adulto tem em média 4,5 metros de comprimento e 600 quilos, o que dá carne até dizer chega! Para completar, seu couro é usado para fazer torresmo e os ossos servem como amuletos.
De olho nessa situação, há trinta anos foi criado o Laboratório de Mamíferos Aquáticos do Inpa para estudar a ecologia do peixe-boi amazônico, da espécie Trichechus inunguis . E sabe que essa iniciativa está dando resultados animadores? É isso mesmo, tanto que os pesquisadores comemoram agora o nascimento do quarto filhote de peixe-boi em cativeiro!
Se você quiser participar dessa campanha e batizar o peixe-boi, não pense que vai ser moleza, não! Para incentivar as pesquisas sobre a Amazônia, o Inpa exige que o nome seja relacionado a um tema amazônico — o que inclui tribos indígenas, plantas, rios etc. Por isso, quem quiser propor um nome tem que dizer também o que ele significa! Aí é só preencher os cupons que estão disponíveis na internet e torcer! Você tem até o dia 28 de abril para mandar sua sugestão e, no dia 3 de maio, quando o filhote completar três meses de vida, o resultado vai ser divulgado.
Esta é a segunda vez que o Inpa lança uma campanha para escolher o nome de um peixe-boi. Em 2002, o filho da mamãe Tukano foi batizado por uma criança! Hoje ele se chama Tuã. Ficou animado? Então vá em frente!
Ana vitoria alves de jesus
Bebe azul
Publicado em 14 de setembro de 2021