
Alegoria dos quatro continentes. África, século XIX
O povo negro sofreu grande rejeição na história das civilizações. No Brasil, a situação não foi diferente: ao visitar a exposição Negro de Corpo e Alma, que faz parte da Mostra do Redescobrimento, percebe-se como os negros, que chegaram ao país como escravos, eram vistos como uma raça inferior. Mas eles foram muito importantes na formação do povo brasileiro. A exposição mostra isso e tenta explicar como foi e como é ser negro no Brasil, por meio das manifestações artísticas e religiosas desse povo que tanto influenciou a cultura brasileira.
Os primeiros negros chegaram ao Brasil em 1580. Vieram para servir os donos das grandes fazendas, que precisavam de muitos trabalhadores nas lavouras de cana-de-açúcar e não conseguiam escravizar os índios. Para favorecer os fazendeiros, o governo brasileiro permitiu o comércio de negros, que eram capturados na África, trazidos em grandes embarcações (os navios negreiros) e vendidos no Brasil. As viagens duravam entre três e quatro meses. Eles vinham nus e deitados nos porões do navios sobre urinas e fezes, e nem sempre havia água e comida para todos. Muitos negros não sobreviviam a essas péssimas condições de viagem.
Quando chegavam ao Brasil, os escravos eram acomodados em senzalas, trabalhavam cerca de quatorze horas por dia e, muitas vezes, tinham direito a apenas uma refeição diária composta de feijão, milho, farinha de mandioca. Por resistir à dominação dos brancos, os negros eram ainda mais maltratados – apanhavam de chicotes e amarrados a troncos. Sem esperanças de ganhar uma carta de alforria, que lhes daria a liberdade, muitos se suicidavam ou fugiam, indo para o sertão, onde se organizavam em quilombos. Os instrumentos de castigos e o dia-a-dia dos escravos nas fazendas podem ser vistos na exposição.
Quilombos: o sonho da liberdade
Ao contrário do que contam muitos livros de história, os negros não aceitaram tão facilmente a escravidão. Pelo contrário, muitos deles se rebelaram: alguns tentaram suicídio, outros assassinaram os seus senhores. No entanto, a maioria optou pela fuga das fazendas. Os escravos fugidos reuniam-se em pequenos povoados no sertão, em locais de difícil acesso, dando origem aos quilombos. Ao lado, você vê a planta de um deles: o Buraco do Tatu, na Bahia.
Cada quilombo tinha seu chefe, que era subordinado ao chefe geral: Zumbi dos Palmares, que comandava o maior povoado do país. Localizado no estado de Alagoas, o quilombo dos Palmares funcionava como um pedaço da África no Brasil, e chegou a abrigar cerca de 20 mil escravos fugidos em 1670.
Com a diminuição do número de escravos nas fazendas, a Coroa Portuguesa começou a atacar os quilombos, principalmente o de Palmares, sem sucesso, até que os portugueses resolveram usar outros métodos. Por meio de roupas pertencentes a doentes, eles espalharam no quilombo doenças contagiosas. Sem reforços, armas e alimentos, o quilombo dos Palmares foi completamente destruído. Zumbi conseguiu fugir, mas foi capturado e morto. Sua cabeça foi exposta em praça pública em 1695.
Dois séculos depois, surgiu o movimento abolicionista no Brasil, liderado por José do Patrocínio, que defendia o fim do trabalho escravo. A partir de 1850, a idéia de libertação dos escravos ganhou força, mas a escravidão só acabou no país em 1888, quando a princesa Isabel assinou a Lei Áurea. A população negra deixou de ser dominada, mas nem por isso foi integrada e aceita pela sociedade da época. Ainda hoje, apesar de os negros terem conquistado seus direitos de cidadãos, eles continuam a ter condições de vida inferior às dos brancos. Uma prova disso é o fato de boa parte da população das favelas e dos presídios brasileiros ser composta por negros.
DIOGO LIMA TEIXEIRA FURTADO DE MENDONÇA .
adorei
Publicado em 18 de junho de 2018
DIOGO LIMA TEIXEIRA FURTADO DE MENDONÇA .
gostei muito do texto
Publicado em 18 de junho de 2018
hannah latouff
eu odeiooo história só li este texto por causa do trabalho de casa
Publicado em 26 de junho de 2018
Laura Oliveira Leite
se você não estudar você vai ficar mais buru que você já é!
Publicado em 4 de setembro de 2020
gabriel
mentira
Publicado em 26 de junho de 2018
anonymo
nossa
Publicado em 15 de maio de 2022
Anna Elise
Gostei de saber mais sobre a história do Brasil!
Publicado em 5 de fevereiro de 2019
adenildo
gostei muito dessa maravilhosa historia do brasil
Publicado em 21 de maio de 2020
Calleri
ô loco pai
Publicado em 26 de abril de 2022