Em 2001, em um zoológico nos Estados Unidos, cientistas viram nascer um tubarão-martelo especial: o filhote tinha sido gerado apenas pela mãe, que não teve contato com nenhum macho de sua espécie. Era um filhote sem pai – um caso curioso que chamou a atenção dos estudiosos. Em 2015, mais uma novidade, desta vez nos oceanos: foi registrado um caso semelhante, mas em ambiente natural. A espécie da vez foi o peixe-serra-de-dentes-pequenos (Pristis pectinata), uma raia criticamente ameaçada de extinção.

Em 2001, cientistas observaram pela primeira vez a reprodução por partenogênese em um tubarão-martelo. Análises do DNA do filhote comprovaram que não houve contribuição de um macho em sua geração. (foto: Barry Peters / Flickr / CC BY 2.0)
A maioria dos vertebrados se reproduz de forma sexuada, em que há a contribuição de um óvulo (gameta feminino) e de um espermatozoide (gameta masculino) para a concepção da nova prole. No entanto, na natureza, alguns grupos animais apresentam formas de reprodução assexuada, ou seja, sem a contribuição de indivíduos de diferentes sexos para que os filhotes nasçam. Uma dessas formas é a partenogênese, em que ocorre o crescimento e desenvolvimento de um embrião sem que a fêmea seja fertilizada pelo macho.
Geralmente, a partenogênese ocorre em seres invertebrados, como abelhas e mariposas, entre outros, mas alguns animais vertebrados – como répteis, aves e peixes – também são capazes de se reproduzir desse modo. O mecanismo já foi observado, por exemplo, em dragões-de-komodo que viviam em cativeiro.

Dragões-de-komodo também são capazes de se reproduzir de maneira assexuada. Esse comportamento foi observado em 2006 em diferentes instituições na Inglaterra e confirmado pela análise genética dos filhotes. (foto: Neil / Wikimedia Commons / CC BY-SA 3.0)
Nos peixes cartilaginosos – como tubarões e raias –, a partenogênese só havia sido observada em cativeiro. Porém, um estudo realizado no sul da Flórida, nos Estados Unidos, mostrou que a reprodução assexuada também acontece na natureza. Para chegar a essa conclusão, pesquisadores realizaram exames do DNA de 190 peixes-serra e viram que alguns deles eram muito parecidos entre si – quase clones, mostrando que seu material genético vinha totalmente da mãe, sem participação de um macho.

Cientistas desconfiam que a reprodução por partenogênese em peixes-serra esteja relacionada à redução das populações deste animal na natureza. (foto: Catarina Chagas)
Os cientistas que fizeram esta descoberta acham que a ocorrência de partenogênse na natureza pode ser uma forma de aumentar a população de animais em regiões onde a espécie está ameaçada. Se as fêmeas não encontram machos para acasalar, geram sozinhas os filhotes. Você não achou incrível?
blakface
porra
muito bom rsrsrsrsrsrsrsrsrhahahahahahahahahahahrsrsrs
Publicado em 11 de junho de 2018
blakface
gostei do dragão de comodo
Publicado em 11 de junho de 2018
Laryssa b.
Gostei do Dragão de comodo
Publicado em 30 de junho de 2021
Isabela Moretto Fabricio
Olá revista CHC!
Meu nome é Isabela e eu tenho 8 anos. A matéria publicada em 13.07.2015 foi interessante, principalmente, ao saber que o réptil dragão-de-komodo pode se reproduzir de forma assexuada, enquanto a maioria dos vertebrados se reproduzem de forma sexuada (feminino + masculino). Gostaria de receber mais informações sobre esse réptil. Obrigada pela atenção!
Isabela Moretto Fabricio. Jaú-SP
Publicado em 19 de agosto de 2020
Maria eduarda
Entendi muito , fiquei muito interessada e é surpreendente
Publicado em 1 de setembro de 2020
Rebeca Mariane
Achei bem interessante e ao mesmo tempo bem esquisito
Publicado em 7 de dezembro de 2020
maria eduarda mudo varjão
CHC como o tubarão martelo nasceu sem pai só com a mãe
Publicado em 1 de março de 2021
valentina
o primeirobicho para umotejuto
Publicado em 22 de abril de 2021
Andressa Sousa Santos
Achei bastante interessante.
Publicado em 8 de julho de 2021
Raí
O tipo de reprodução pode interfirir em algumas espécies por causa que as vezes somente a femea se reproduz.
Publicado em 22 de setembro de 2021
Renan santos
muito interessante o assunto sob o tipo de reprodução e interferir em algumas especies
Publicado em 22 de setembro de 2021
Juliana
Pode interferir pq a fêmea se reproduz sozinha, achei interessante.
Publicado em 22 de setembro de 2021
Lívia
A reprodução sexuada promove variabilidade por combinar os alelos de diferentes formas.
A reprodução sexuada é também responsável por promover a variabilidade genética, entretanto, diferentemente da mutação, ela não produz novos alelos.
Publicado em 22 de setembro de 2021
Tai
A reprodução sexuada promove variabilidade por combinar os alelos de diferentes formas. A reprodução sexuada é responsável por promover a variabilidade genética, entretanto, diferentemente da mutação, ela não produz novos alelos.
Publicado em 22 de setembro de 2021