
Águia central da fachada do Museu da República (fotos: Alex Ferro)
No ano 2000, completaram-se quarenta anos do Museu da República, situado no Rio de Janeiro, que foi a capital do Brasil até 1960. O museu funciona na antiga sede do poder político brasileiro: o Palácio do Catete, grande cenário da história republicana entre 1897 e 1960. Além de sediar o poder presidencial, o palácio foi também a residência dos presidentes. Hoje, o Museu da República tenta mostrar um pouco da história do nosso país através de nossos governantes. Mas o que é república?
Em latim, essa palavra significa “coisa do povo”. Trata-se de um sistema de governo em que um ou vários indivíduos são eleitos pelo povo por meio do voto para conduzir a nação por tempo determinado. Até 1889, quando a república foi proclamada pelo marechal Deodoro da Fonseca, isso não acontecia: o Brasil era governado pelo imperador D. Pedro II e o sistema de governo era monárquico. Ou seja, o governante era imposto ao povo e o poder era hereditário (passado de pai para filho).
O Brasil se tornou uma república em 15 de novembro de 1889 — por isso, até hoje esse dia é um feriado nacional. A primeira constituição republicana foi elaborada em 24 de outubro de 1891. Foram confeccionadas também uma nova bandeira nacional e o símbolo da república – peças que podem ser vistas no museu. No período após a proclamação, conhecido como República Velha, o Brasil teve 13 presidentes. Esse período se estende até 1930, quando uma revolução derrubou do poder o presidente Washington Luís.
Começava então o período conhecido como Estado Novo. Seu principal personagem foi o presidente Getúlio Vargas. Várias transformações ocorreram então na política, como a dissolução do Congresso Nacional e das casas legislativas estaduais e municipais. Em 1934, Getúlio implantou uma nova constituição, que garantia o voto universal, direto e secreto – como ocorre hoje. Mas isso só valia para eleger deputados e senadores; as eleições presidenciais eram indiretas e só os integrantes da Assembléia podiam votar.
Getúlio Vargas permaneceu no poder até 1945, e retornou em 1951 por meio do voto popular. Seu segundo governo foi marcado por grande oposição e crises políticas que levaram o presidente a se suicidar em 24 de agosto de 1954. No museu, é possível visitar o quarto de Vargas, onde tudo aconteceu, e ver a bala e a arma que causaram sua morte e o pijama que o presidente vestia na noite em que morreu.

Duas atrações do Museu da República: o quarto em que Getúlio Vargas se suicidou e o salão de banquetes do Palácio do Catete.
O último presidente a trabalhar no Palácio do Catete foi Juscelino Kubitschek. Eleito em 1956, ele permaneceu até 1961 no poder. Kubitschek construiu a cidade de Brasília, a nova capital brasileira. O Palácio deixou então de ser a sede da presidência; o Museu da República foi inaugurado ali pelo presidente em 15 de novembro de 1960. Hoje, o Palácio do Catete é um espaço para o exercício da cidadania, com informação, cultura e lazer.
Para saber mais sobre a república e seu museu, visite o Centro de Referência da História Republicana Brasileira, site recém-lançado pela instituição.
Anna Elise
Que legal, gostei de saber porque é feriado no dia 15 de novembro!
Publicado em 10 de novembro de 2018
Thiago rios
Eu gostei de saber disso
Publicado em 26 de maio de 2020
ANTONIASOUZA
Adorei o saite e achei muito legal aprender um pouco mais sobre a republica.
Publicado em 16 de junho de 2020
ANTONIASOUZA
Já sabia de quase tudo só avia algumas coisas que eu havia esquecido.
Publicado em 16 de junho de 2020
Pedro cezar
gostei bastante de ver sobre presidentes
Publicado em 3 de julho de 2020